Os apanhadores de flores sempre-vivas, como se autodenominam, habitam a porção meridional da Serra do Espinhaço, em Minas Gerais, localizadas em pelo menos 15 municípios nas proximidades do município de Diamantina. As comunidades rurais apanhadoras de flores vivem em meio a áreas de campos rupestres do Cerrado. A coleta das flores sempre-vivas constitui-se como uma tradição e fonte de renda fundamental para a reprodução sociocultural das famílias. As territorialidades dessas comunidades combinam diversos agroambientes contidos sobre a serra (campos a 1400 metros de altitude destinados à coleta e solta de gado rústico) e no “pé-da-serra” (a 600 metros de altitude onde, geralmente, praticam agricultura tradicional com roças, quintais, criação de animais de pequeno porte).
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Paisagem do Cerrado na Serra do Espinhaço, município de Presidente Kubitschek, MG. Foto de Valda Nogueira
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Brincando nas águas do Cerrado. Região do Covão, na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Foto de Valda Nogueira
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Paisagem do Cerrado na estrada para o Quilombo de Vargem do Inhá, uma comunidade Apanhadora de Flores. Foto de Sara Gehren
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Aldair volta pra casa após cuidar de seu gado. Região de Buenópolis e Bocaíuva, centro-norte de Minas Gerais. Foto de Valda Nogueira
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Quilombo de Vargem do Inhaí. Foto de João Roberto Ripper
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Voltando da panha. Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Foto de Valda Nogueira
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Flores Sempre-Vivas da espécie “Cachorrinha”. Foto de Valda Nogueira
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Flores Sempre-Vivas da espécie “Estrelinha”. Foto de Valda Nogueira
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Flores Sempre-Vivas da espécie “Cachorrinha”. Foto de João Roberto Ripper
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Comunidades Dona Lúcia é rezadeira, moradora da comunidade Pé-de-Serra, uma comunidade tradicional de apanhadores de flor de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Foto de Valda Nogueirade apanhadores de flor de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Comunidade Pé-de-Serra. Dona Lúcia (guarda-chuva azul), na comunidade Pé-de-Serra. D. Lúcia é rezadeira.
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Parque Nacional das Sempre-Vivas (PARNA), na Serra do Espinhaço, Diamantina, MG. Foto de Elisa Cotta
Os cultivos são destinados, sobremaneira, para o consumo familiar contendo ampla gama de variedades crioulas/locais de feijão, arroz, mandioca, milho, cana-de açúcar e hortaliças nativas. O sistema de cultivo pode valer-se do uso de rotação com pousio para a reposição natural da fertilidade dos solos, contando com roças de toco com alta diversidade de espécies em meio ao Cerrado.
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Produção agrícola de comunidade de apanhadores de flores. Autor desconhecido
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Roça no Quilombo Vargem do Inhaí, comunidade Apanhadora de Flores, situada na Serra do Espinhaço em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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Criança brinca em roça no Quilombo Vargem do Inhaí, comunidade Apanhadora de Flores, situada na Serra do Espinhaço em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Roça na comunidade de Macacos, composta por apanhadores de flores e agricultores que praticam a agricultura de subsistência. Fotografia de Mariella Paulino
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O agricultor e apanhador de flores Edson de Abreu mostra sua produção da agricultura familiar na Comunidade de Macacos, Município de Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Mariella Paulino
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Criança repousa sobre rio na região do Covão, na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Criança nada em rio no Quilombo Vargem do Inhaí, comunidade Apanhadora de Flores, situada na Serra do Espinhaço em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Nivaldo segura flores sempre-vivas em um dos braços e com o outro, mostra os frutos do Cerrado. Comunidade Raíz, munícipio de Presidente Kubitschek, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper.
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Horta na Comunidade Quilombola e Apanhadora de Flores Vargem do Inhaí, Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Sara Gehren
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Maria Preta mostra os frutos do trabalho no campo. Comunidade Quilombola e Apanhadora de Flores Vargem do Inhaí, Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Sara Gehren
As flores sempre-vivas são endêmicas e ocorrem nos campos rupestres do Cerrado e dizem respeito ao termo popularizado para essas inflorescências que, depois de colhidas e secas, conservam sua forma e coloração. Além das flores, são coletadas folhas, frutos secos, sementes, etc., vindas de distintos locais/ambientes de coleta (campos, serras, serrinhas, boqueirões, etc.) a depender da época do ano e da demanda. São produtos destinados ao mercado de plantas ornamentais secas. Até o momento, já foram identificadas 350 espécies nativas manejadas voltadas ao mercado de plantas ornamentais secas, das quais 90 espécies referem-se às chamadas flores e botões. Além das flores, também manejam ampla gama de plantas nativas para uso medicinal e alimentar, além de madeiras, fibras e óleos. Ou seja, uma mesma família faz uso/maneja centenas de espécies.
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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Lorico Lotério, 57 anos, Dona Jovita Maria Gomes Correia, 56 anos, na região do Covão na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Chapada do Espinhaço, fronteira com o Parque Estadual do Rio Preto entre Couto Magalhães e Diamantina Fotografia de João Roberto Ripper
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Panha de flores na comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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Dona Jovita Maria guarda flores em gruta na região do Covão. Comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidade Galheiros, composta por apanhadores de flores sempre vivas que realizam a comercialização de produtos artesanais feitos com flores nativas. A atividade é a principal fonte de renda da comunidade. Seu Antônio Borges, apanhador de flor e morador de Galheiros, coletando flores no Campo Entrada do Cedro. Fotografia de João Roberto Ripper
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Chapada, campo de coleta de sempre viva e de solta de gado, terra tradicional da comunidade Quilombola Mata dos Crioulos, Lapa de Joaquim de Zé Lotero, coletores da localidade Covão: Lorico Lotério, 57 anos e Jovita Maria Gomes Correia, 56 anos, coletores da localidade Santa Cruz: Gonçala, Nenzila e filhas. Fotografia de Elisa Cotta
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Comunidade Galheiros, composta por apanhadores de flores sempre vivas que realizam a comercialização de produtos artesanais feitos com flores nativas. A atividade é a principal fonte de renda da comunidade. Fotografia de João Roberto Ripper
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidade Galheiros, composta por apanhadores de flores sempre vivas que realizam a comercialização de produtos artesanais feitos com flores nativas. A atividade é a principal fonte de renda da comunidade. Fotografia de João Roberto Ripper
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Comunidade Macacos, composta por apanhadores de flores Sempre Vivas; população que foi muito atingida com a implantação do Parque Nacional das Sempre Vivas, e consequente proibição de apanhar flores. Fotografia de Mari Mendes
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Populações Tradicionais de apanhadores de flores Sempre Vivas situadas na Serra do Espinhaço em Diamantina, Minas Gerais. Populações atingidas pela implantação do Parque Nacional das Sempre Vivas, Parques Estaduais e Unidades de Conservação. Comunidade de Macacos composta por apanhadores de flores e agricultores que praticam a agricultura de subsistência. Fotografia de Mariella Paulino
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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A Comunidade Raiz no município de Presidente Kubitschek vive da colheita de flores sempre viva, especialmente do capim dourado e do artesanato proveniente deste. Os moradores tem a panha nos campos em especial a colheita e o artesanato do capim dourado (sedinha) como uma importante fonte de renda. Eles se auto identificam como apanhadores de flores e quilombolas e reivindicam do Estado o reconhecimento e a regularização fundiária do território. Ao longo das últimas décadas, as famílias foram encurraladas pela grilagem de terra e pelo plantio de eucalipto nos campos de coleta de flores ao seu entorno. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Comunidades Apanhadoras de Flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Fotografia de Gabriel Dayer
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No município de Presidente Kubitschek/MG, entre a Serra do Espinhaço e a Serra do Cipó resiste o Quilombo de Raiz, que vive principalmente da colheita de flores Sempre Vivas (em especial o Capim Dourado), e também do artesanato. Raiz possui forte liderança feminina. Uma empresa mineradora bem como a grilagem de terras para plantação de eucaliptos chega até as cercanias dessa comunidade que hoje reivindica o reconhecimento de seu território. Fotografia de Mari Mendes
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Comunidade Macacos, composta por apanhadores de flores Sempre Vivas; população que foi muito atingida com a implantação do Parque Nacional das Sempre Vivas, e consequente proibição de apanhar flores. Fotografia de Mari Mendes
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Comunidade de Macacos composta por apanhadores de flores e agricultores que praticam a agricultura de subsistência. Fotografia de Mariella Paulino
Geralmente, as moradias das famílias encontram-se agrupadas em comunidades próximas aos campos de coleta, comumente reconhecidos como áreas de uso comum das famílias em que o parentesco e ancestralidade permeiam as relações de acesso e uso dos mesmos. É comum as famílias permanecerem por longas jornadas sobre os campos na época da seca para a coleta de flores, manejo do gado rústico e de animais de carga. Para tal, alojam-se nas “lapas” (grutas nas formações rochosas) ou em “ranchos”. Comumente encontra-se o gado curraleiro – reconhecido como a primeira raça bovina trazida ao Brasil pelos colonizadores.
Já na época das chuvas, as famílias praticam agricultura tradicional próximo às casas para consumo familiar, sendo a abundância de água ressaltada pelos moradores como importante riqueza e patrimônio herdado. Nos quintais, ao redor das moradias há gêneros alimentícios variados e criação de pequenos animais que se constituem em uma rica cultura alimentar. Normalmente, o trabalho é realizado pela família, sendo constante a realização das atividades de forma artesanal. Ocorrem, também, festas religiosas próprias de cada localidade. Nesse movimento, regido pelas estações do ano, tem-se a transumância.
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Cortejo para lançamento da exposição de fotografias animado pelos grupos de Cablocos de Diamantina, Grupo Iukerê e Folia de Reis de Quartéis. Fotografia de Elisa Cotta
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Oficina de Plantas Medicinais e Fitoterapia com Erci Erzeda, do Quilombo de Raíz e proprietária da Botica Mãe Terra. Fotografia de Luciano Dayrell
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Mesa de Diálogo: O Caminho das Flores – Perspectivas e Desafios ao Plano de Conservação Dinâmica (PCD) do Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) dos/das Apanhadoras/es de Flores Sempre-vivas Fotografia de Elisa Cotta
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Lideranças com alunos da rede pública de Diamantina. Oficina de Educação Patrimonial com Luciana Vial, D. Geralda da comunidade de Macacos, Aldair do Pé de Serra, Mariângela de Vargem do Inhaí, Jovita de Mata dos Crioulos. Fotografia de Luciano Dayrell
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Feira de produtos de comunidades apanhadoras de flores, durante o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elaine Gehren
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Apresentação da Orquestra sinfônica jovem e seu Concerto Clássicos Sertanejos durante a Noite Cultural do2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Luciano Dayrell
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A modelo Alexia Altíssimo integra a performance que foi uma homenagem realizada pelo artista Marcelo Brant ao 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas. Fotografia de Marcio Andrade
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Grupo de Folia de Reis de Quartéis animam o cortejo para lançamento da exposição de fotografias junto com os grupos de Cablocos de Diamantina e Grupo Iukerê. Fotografia de Elisa Cotta
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Oficina de bordado artístico identitário “Entrelaces das Sempre-vivas – o Bordado como Linguagem Artistica na Contemporaneidade”. Ministrada pela Ribeiro Parisina Artista e Poeta Visual, Naif, Artista Educadora, Pesquisadora, Mestra Bordadeira, Arte Têxtil Contemporânea, Arpilleras, Patrimônios, Artistbook Oficinas. Fotografia de Marcio Andrade
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A modelo Alexia Altíssimo, o artista Marcelo Brant e Marcio Andrade da Codecex posam durante a Exposição de Fotografias após o cortejo. Essa performance acompanhou o Cortejo do “2 Festival das comunidades Apanhadoras de Flores Sempre-Vivas”, e foi uma homenagem realizada ao Festival pelo Artista Marcelo Brant do ateliê “Caminho de todos os Santos” Fotografia de Elisa Cotta
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Izaias, Apanhador de Flor de Vargem do Inhaí, posa para foto durante o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas. Fotografia de Elisa Cotta
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Equipe de Mata dos Crioulos que participaram do filme “Tempo da Flor”, se reúnem com o diretor Thiago Carvalho após a exibição no festival. Fotografia de Luciano Dayrell
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Mariângela de Vargem do Inhaí, durante a Oficina de Educação Patrimonial no Teatro Santa Izabel, voltada para alunos da rede pública. Fotografia de Luciano Dayrell
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Oficina de Educação Patrimonial com Luciana Vial, D. Geralda da comunidade de Macacos, Aldair do Pé de Serra, Mariângela de Vargem do Inhaí, Jovita de Mata dos Crioulos. Aconteceu no Teatro Santa Izabel e foi voltada para alunos da rede pública. Fotografia de Luciano Dayrell
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Flautistas da orquestra durante apresentação da Orquestra sinfônica jovem e seu Concerto Clássicos Sertanejos durante a Noite Cultural do 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Luciano Dayrell
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Público no mercado velho de Diamantina assiste ao filme “Tempo da Flor”, dirigido por Tiago Carvalho, do Rio de Janeiro. Fotografia de Luciano Dayrell
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Apanhadores de Flores de Vargem do Inhaí no mercado velho de Diamantina assistem ao filme “Tempo da Flor”, dirigido por Thiago Carvalho, do Rio de Janeiro. Fotografia de Luciano Dayrell
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As crianças acompanharam o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas no Mercado Velho de Diamantina. Fotografia de Marcio Andrade
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Jandira e Thiago se abraçam após apresentarem o filme “Tempo da Flor” no festival. O filme é dirigido por Tiago Carvalho, do Rio de Janeiro, e se passa na comunidade de Jandira, na Mata dos Crioulos. Fotografia de João Roberto Ripper
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Feira de produtos das comunidades apanhadoras de flores durante o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elisa Cotta
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Feira de produtos das comunidades apanhadoras de flores durante o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Rafael Savalla, representante da FAO, nos fala sobre a importância do reconhecimento do sistema agrícola das comunidades Apanhadoras de flores Sempre-Vivas como Patrimônio Agrícola Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Fotografia de Marcio Andrade
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Maria de Fátima Alves, conhecida como Tatinha, Apanhadora de Flores de Macacos, fala durante o Festival sobre os avanços e atrasos do SIPAM – Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial. Fotografia de Elaine Gehren
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A pesquisadora Fernanda Monteiro faz uma fala durante o 2º Festival das Comunidades Apanhadoras de Flores Sempre Vivas. Fotografia de Marcio Andrad
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Samuel Caetano, geraizeiro da Articulação Rosalino Gomes de Povos Tradicionais e do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, fala sobre a importância política da união dos povos tradicionais. Fotografia de Marcio Andrade
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Dona Jovita, de Mata dos Crioulos, cobra às autoridades os avanços acordados pelo Estado no âmbito do SIPAM – Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial. Fotografia de Elaine Gehren
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Maria de Fátima Alves, conhecida como Tatinha, Apanhadora de Flores de Macacos, fala durante o Festival sobre os avanços e atrasos do SIPAM – Sistemas Importantes do Patrimônio Agrícola Mundial. Fotografia de João Roberto Ripper
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Cortejo para lançamento da exposição de fotografias animado pelos grupos de Cablocos de Diamantina, Grupo Iukerê e Folia de Reis de Quartéis. Fotografia de Marcio Andrade
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Foram desenvolvidas estratégias de vida e saberes complexos, permeados por significações e compreensões contextualizadas pelos lugares onde se encontram – saberes tradicionais transmitidos e reinventados ao longo de muitas gerações que vêm garantindo a vida das famílias ao longo do tempo com representações e práticas sociais de interação com a natureza, a qual é vista como criadora da vida e como um todo do qual fazem parte. Os usos desses agroambientes são organizados por códigos próprios, desenvolvidos e reelaborados ao longo dos séculos de história, uso e interação com os mesmos. A pluralidade de atividades confere maior flexibilidade perante os contextos internos e externos à família.
Essas comunidades detêm um modo de vida singular em interação profunda com espécies nativas e cultivadas conformando um sistema agrícola singular que conjugam diferentes ambientes, altitudes e saberes tradicionais associados a um rico patrimônio agrícola e cultural em uma paisagem manejada de intensa beleza. Porém, vêm sofrendo ameaças territoriais pela implantação de monocultivos de eucalipto, fazendas de pecuária, mineração e parques naturais sobrepostos às suas terras de uso comum, o que gera a criminalização de seu modo de vida.
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Feijão da comunidade de Vargem do Inhaí no município de Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Feijão da comunidade Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elisa Cotta
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Café torrado no pilão. Casa de Dona Jovita e Seu Lorico, na comunidade quilombola e de apanhadores de flores Mata dos Crioulos. Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Criação de gado leiteiro. Propriedade de Santo Evaristo Maximiliano, 51 anos e Maria da Conceição, 55 anos na região da Bica D’água na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Milho colhido na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elisa Cotta
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Adaila e Edson moem cana na comunidade Macacos, município de Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Mari Mendes
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Preparo de couve na comunidade Raíz, munícipio de Presidente Kubitschek, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper.
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Peixes da comunidade Quilombola e Apanhadora de Flores Vargem do Inhaí, Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Preparo de aipim, mandioca ou macaxeira na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elisa Cotta
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Dona Patrocina prepara café na comunidade Quilombola e Apanhadora de Flores Vargem do Inhaí, Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Forno à lenha na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Panela de ferro na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Elisa Cotta
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Dona Maria da Conceição prepara frango na região da Bica D’água na comunidade quilombola e de apanhadores de flores sempre-viva Mata dos Crioulos, localizada na Serra do Espinhaço, em Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de João Roberto Ripper
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Preparo de óleo de pequi na comunidade Quilombola e Apanhadora de Flores Vargem do Inhaí, Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Preparo de tempero no pilão, na comunidade Macacos, município de Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Descasque de alho para o preparo de tempero, na comunidade Macacos, município de Diamantina, Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
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Galinha com arroz em comunidade de apanhadoras de flores de Buenópolis, centro-norte de Minas Gerais. Fotografia de Valda Nogueira
Em resposta a esses ataques, as comunidades apanhadoras de flores organizaram-se regionalmente na Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas – CODECEX e lutam pelo seu reconhecimento social, tendo se tornado o primeiro Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial reconhecido em 2020 pela FAO/ONU. Essas comunidades mostram-se sempre-vivas na luta pelos seus direitos territoriais!
Por Fernanda Monteiro